quarta-feira, 7 de março de 2012

Raças Aparentadas ao Border Collie.

KARELIAN BEAR DOG:


Os Cães de Urso da Carélia são originárias da Finlândia, e são usadas, há séculos, para caça de grande porte. Muito forte, de pelagem incomum para os cães de seu grupo, alcançou popularidade internacional e teve seu número reduzido na década de 1960. Atinga 23 kg de peso. Não é adequado para companhia, pois seu instinto de caçador é ainda muito apurado e seleções artificiais não foram realizadas para diminuir tal característica. Apesar da pelagem e das proporções corporais muito parecidas com certos Border Collies, a cauda espiralada e deitada sobre o dorso facilita distinguí-lo dos cães pastores britânicos. O desenho da orelha e o formato do crânio também exibem diferenças importantes. Entretanto, como as raças da Escócia tiveram grande influência de raças escandinavas, pode ser que o desenho da pelagem de certos Border Collies tenha raízes genéticas nas mesmas espécies de lobos das quais descende o Karelian Bear Dog e muitas outras raças. 

YAKUT LAIKA:


Na verdade, este é o nome genérico para várias raças de cães de caça do norte da Russia e Sibéria, entre as que estão o Laika da Karelia (acima), o Laika Russo-Europeu e o Laika da Sibéria Ocidental, o Laika da Sibéria Oriental, o Laika da Yakutia. A esta raça pertencia Laika, uma cadela que vivia solta nas ruas de Moscou que foi o primeiro ser vivo a ser enviado ao espaço em (1957) e também o primeiro a morrer em órbita.

STABYHOUN ¨ POINTER DA FRÍSIA ¨:


O focinho e a cauda muito volumosa já distingue facilmente o Stabyhoun do Border Collie. Mas algumas pelagens podem enganar os leigos. É um "cão de tiro" que surgiu na Holanda, na província de Friesland (Frísia), por volta de 1800. Existem documentos e representações suas que datam dessa época. Alguns autores julgam que este cão surgiu do cruzamento entre Spaniels espanhóis e Drentse Partridge, ainda no século XVI, no tempo em que a Holanda estava ainda ocupada pelos espanhóis. Apesar das dúvidas, as semelhanças físicas entre os Setters e os Spaniels são genericamente aceites e reconhecidas.

PASTOR DA LAPÔNIA:


É mais um tipo de cão que certamente compartilha da genética dos extintos lobos escandinavos semidomesticos que os lapões usavam para pastorear seus rebanhos de renas e que, durante as invasões vikings na Escócia, do século V ao VIII, viria a se tornar parte da composição do Border Collie e de outras raças britânicas. A aprência física de certos exemplares de Pastor da Lapônia já fala por si. É uma raça forte, leal, inteligente, calma, porém enérgica quando necessário. Basta lembrar que renas são animais bem diferentes de ovelhas em temos de tamanho e comportamento.  

PASTOR DOS CÁRPATOS:



Foi selecionado de raças endêmicas e muito antigas dos Cárpatos, ala oriental do grande sistema de montanhas da Europa, percorrendo 1500 km ao longo das fronteiras da República Checa, Eslováquia, Polônia, Romênia e Ucrânia. O critério básico para a seleção dos animais dessa raça, ao lono de muitos séculos, foi o de defender rebanhos contra grandes predadores antigamente abundantes na região: ursos, lobos, linces e javalis. Para tanto, a seleção resultou em um animal fisicamente poderoso e corajoso. Quando os antigos romanos dominaram as ilhas britânicas, levaram seus cães pastores para os rebanhos que lá mantinham. O Pastor dos Cárpatos certamente estava entre tais cães e cedeu perte de sua fantástica genética para a formação do Border Collie. 

MCNAB SHEEPDOG:


Na Escócia, centenas de anos atrás, o país era separado em terras de diferentes clans. O clan dos McNab se localizava em Killin, no norte de onde hoje é Glasgow, pertos das montanhas Grampian. Devido às muitas brigas entre clans, havia certo isolamento entre os camponeses, em grande parte do país. E cada clan tinha seus cães de trabalho. Eram todos descendentes das mesmas raízes, contudo, por causa da contínua seleção artificial dos clans, foram se ramificando, seguindo em sub-linhagens com sensíveis diferenças de aparência e comportamento. Os Pastores McNab, por exemplo, tendem a nascer com cauda curta. Quando pastoreiam, não são tão consentrados quanto os Border Collies e, ao contrário destes, costumam latir e morder o rebanho durante o trabalho. 

PASTOR INGLÊS:


Apesar do nome, é uma raça que foi desenvolvida por fazendeiros dos EUA, a partir de cães pastores trazidos do Reino Unido pelos colonizadores escoceses, irlandeses e ingleses. Costumam ser bem grandes, consideravelmente maiores que os Border Collies, e jamais têm pelagem "merle". No pastoreio, eles podem ser facilmente distinguidos: não costumam intimidar o rebanho com olhar fixo e sempre trabalham de cabeça bem erguida. 

PASTOR GALÊS:


Os pecuaristas galeses do século XVIII e XIX também deram sua contribuição para a grande gama de variedades de pastores britânicos. Geralmente de pelo curto, tórax mais amplo e focinho mais largo que o Border Collie. No trabalho, podem atuar com bastante independência, não esperando controle humano para realizar tarefas para as quais já tenham sido treinados e que tenham compreendido suficientemente. Também não encaram o rebanho como o Border Collie e não são obcecados quanto estes. Após muitas décadas sendo substituídos por Border Collies, em Gales, a raça quase se extinguiu. 

PASTOR AUSTRALIANO ¨ AUSSIE ¨:


Alguns acreditam que ele descende de cães pastores da Catalunha, mas pesquisas científicas mostraram que tem mais afinidade genética com os cães pastores dos EUA, parentes do Pastor Inglês. A pelagem do Pastor Australiano está entre as mais encantadoras entre todos as raças do gênero. Alguns nascem com caudas com metade do comprimento normal e outros nascem quase sem cauda. Assim mesmo, a maioria dos criadores prefere cortar as caudas dos filhotes, por padrão, mesmo que nasçam longas. A raça apresenta problemas de baixa longevidade relacionados com genética. Aqui está um dos ramos da "árvore" que já está precisando de outra "infusão" de sangue de outros pastores para se fortalecer.

PASTOR AUSTRALIANO MINIATURA:


Em 1968, Doris Cordova, uma cinófila de Norco, na California, adquiriu alguns poucos Pastores Australianos com tamanho reduzido. Feliz com o menor porte e encorajada por sua veterinária, ela deu início a um programa de criação totalmente voltado a produzir uma réplica miniaturizada do Pastor Australiano. O que ela pretendia era criar uma cópia do Pastor Australiano de porte pequeno que se adequasse espaços menores em cidades, mas sem sacrificar o excelente caráter, o instinto e a habilidade. Por volta de 1980, o tipo já estava fixado e o padrão
para raça estabelecido.

KOOLIE AUSTRALIANO:



É uma mescla feita por colonos autralianos, desde o século XIX, de raças de pastores da Escócia, Alemanha e outras raças caninas da Europa. Ele têm um método de pastoreio bastante peculiar e diferente do Border, bloqueando a dispersão do rebanho bem de perto, sem encarar de longe, e com muito contato físico. Com isso, ele corre distâncias menores durante o trabalho, consequentemente se aquecendo menos que o Border. A pelagem é, quase sempre, curta, cinzenta e pintada. A condição genética deve ter sido incutida durante a seleção, já que isso favorece a maior tolerância do animal às temperaturas elevadas das campinas semidesérticas da Austrália, além de tornar o animal menos suscetível aos muitos ectoparasitas da região e de se encher de sementes espinhosas que se embaraçam nos pelos. 

PASTOR DAS SHETLAND:


Seus ancestrais foram levados das ilhas Shetland (costa norte da Escócia) por comerciantes, visitantes e colonizadores. Parece uma miniatura perfeita do Rough Collie e, tal como seu ancestral, detém as mesmas habilidades. Mas não é simplesmente uma versão miniaturizada, como o caso do Pastor Australiano. A origem é uma raça agora extinta que provavelmente se parecia com o Cão da Islândia. Tal raça foi misturada com o também agora extinto Greenland Yakki, com o King Charles Spaniel, com o Rough Collie, com o Cão da Pomerânia e provavelmente com o Border Collie também. O resultado foi o Pastor das Shetland. É tímido e desconfiado, cão de guarda nato e pastor de ovelhas. O processo de miniaturização aumentou os riscos de fraturas nas pernas. 

SMOOTH COLLIE:



Não confundir com o "Border Collie Smoth Coat", que não é uma raça, mas sim como se chama a variedade de Border Collies de pelagem mais curta. Imagine simplesmente um Rough Collie (como a famosa Lassie) com pelagem bem curtinha... Este é o Smooth Collie. Ele compartilha praticamente todas as demais características com sua matriz: o Rough Collie.

ROUG COLLIE:


Descendente de variedades de cães pastores da Escócia e Gales. A variedade escocesa era grande, forte e agressiva, enquanto que a galesa era mansa, pequena, domesticável e amigável. Quando ingleses viram esses cães no mercado de Birmingham, no final do Século XVIII, eles os cruzaram com seus próprios cães pastores e, depois da revolução industrial, quando a cinofilia se tornou moda, resolveram pegar aqueles cães e misturar com o Borzoi (Caça-Lobos Russo) para obter o crânio extremamente longo, afilado e quase sem "stop". Por fim, esse tipo de cabeça se tornou a principal característica do Rough Collie. Atualmente o Rough Collie não é mais usado para o pastoreio, foi totalmente substituído pelo Border Collie. É uma raça muito mansa, inteligente, sensitiva, quieta e carinhosa.

OVELHEIRO GAÚCHO:


A região da campanha gaúcha é o cenário principal onde surgiu e se desenvolveu a raça Ovelheiro Gaúcho. Nas intermináveis campinas a pecuária predominava no período de formação histórica da região. E desde o período colonial, onde Portugal e Espanha duelavam pelo controle da região, o gado se espalhava, ou de forma organizada, ou de forma espontânea. E foi neste contexto de fixação humana no território, e na busca do controle das fronteiras é que surgiram características culturais distintas. Entre as quais, a criação de ovinos teve grande destaque, e com as ovelhas vieram os cães ingleses, que misturados aos cães trazidos por espanhóis e portugueses, é que acabaram dando origem ao processo de miscigenação que desembocou na raça Ovelheiro Gaúcho. Basta olhar para ele e se pode dizer qual raça britânica deve ter sido usada para obter o Ovelheiro Gaúcho: o Rough Collie.

CUMBERLAND SHEEPDOG:


No condato inglês de Cumberland, fronteira com a Escócia, se desenvolveu essa outra linhagem de pastores muito parecidos com o Pastor Galês e que agora já se extinguiram. Eram fisicamente muito semelhantes ao Border Collies. As orelhas eram sempre caídas ou meio caídas. Trabalhavam sempre bem abaixados e em silêncio. O focinho era um pouco mais largo e achatado que o do Border, de médio comprimento. O Lorde Londsdale foi o maior admirador e quem mais tentou perpetuar a raça, os Cumberland Sheepdogs haviam estado em sua família por mais de cem anos. Quando a consanguinidade começou a afetar a fertilidade de seus animais, ele fex tudo que pôde para evitar a extinção, mas em 1899, resolveu cruzá-los com o Pastor Alemão, isso resgatou a raça por um tempo, mas poucos anos depois, ele desistiu de seu kennel e deu seus animais para fazendeiros ao redor de Louther. Por sessenta e cinco anos, pelo menos, esses fazendeiros usaram descendentes daqueles animais, cujas características genéticas foram progressivamente sendo diluídas com outras variedades de cães pastores, para recuperar o que a cruza com o astor Alemão havia incutido. 

Fonte da pesquisa: google
  

3 comentários:

  1. Olá, sou criador da raça Ovelheiro Gaúcho e de acordo com investigações recentemente realizadas, por mim e minha esposa, descobrimos que os Ovelheiros Gaúchos descendem de remanescentes do Cão da Serra da estrela, introduzido pelos colonos portugueses no final do século XVIII e início do XIX, que cruzaram com cães da extinta raça inglesa dos Scotch Collies, introduzidos conjuntamente com rebanhos de ovelhas importados ou contrabandeados do Uruguai e Argentina no final do XIX e também com cães Pastores Alemães trazidos pelos colonos Alemães. Através de seleções dos melhores cães para serviço realizadas por peões e pecuaristas a raça já estava fixada por volta de 1920, conforme registro fotográfico.

    Abraços
    Eduardo José Ely e Silva http://ovelheirogaucho.com/

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    1. Caro Eduardo, eu não sou o dono do blog, mas fui eu quem redigi alguns dos textos acima. Você quer dizer o texto está errado? Ou que falta acrescentar essas informações que você gentilmente nos deu? Esses Scotch Collies a que você se refere não seriam aqueles ancestrais do Rough Collie que eram grandes e agressivos? Mas não daria praticamente no mesmo? Esses Scotch Collies têm registros fotográficos? Por favor, nos dê referências de textos onde possamos ler a respeito. Estamos famintos por informção e somos apaixonados por esse tema. Aguardo ansiosamente sua resposta.

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  2. Quais a diferenças anatômicas entre o Border Collie e o Ovelheiro Gaucho?

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