sexta-feira, 16 de março de 2012

Problemas comuns à raça Border Collie.


Displasia Coxofemoral 
Tal como a maioria dos cães médios e grandes, o Border Collie está sujeito à displasia da anca, que pode causar coxear moderado a acentuado. Tenha a certeza que o criador que escolhe possui o certificado que isenta os seus reprodutores da displasia, tendo os seus cães grau A da classificação FCI (ou B - displasia mínima). Este certificado é passado pela Faculdade de Medicina Veterinária e menciona “para efeitos de reprodução”. Insista em ver os certificados de ambos os pais. Os cães não têm necessariamente que coxear para terem graus de displasia moderados: o facto de não se notar nada à vista desarmada, não significa que o cão esteja livre de displasia e, consequentemente, que esteja capacitado para reprodução. O problema acentua-se com a idade. Dependendo do cão e da capacidade do dono (financeira, de vontade e de tempo), os tratamentos variam desde o alívio da dor a vários tipos de cirurgia.

Atrofia Progressiva da Retina
A Atrofia Progressiva da Retina (em inglês Progressive Retinal Atrophy, PRA) e a Atrofia Central da Retina (CPRA) são dois problemas oculares. A PRA aparece usualmente em cães a partir dos dois anos de idade. No princípio aparece apenas como cegueira nocturna e progride lentamente, ao longo de mais ou menos oito anos, para cegueira total. Os cães que procriam devem ter os seus olhos analisados e certificados por um veterinário. Mais uma vez, insista em ver os certificados.
Anomalia do Olho do Collie
A Anomalia do Olho do Collie (Collie Eye Anomaly, CEA) é outra doença ocular que tem vindo a aparecer com mais frequência em Border Collies. Como a PRA, a CEA também causa cegueira. Contudo, não é uma doença progressiva. Um cachorro com esta doença não ficará pior com os anos. Toda a ninhada deve ser despistada à CEA entre as 6 e as 10 semanas por um veterinário oftalmologista qualificado. Um certificado deve ser passado e todos os cães da ninhada devem ser listados como normais. Infelizmente, estes testes não se fazem ainda em Portugal, por “falta de aparelhos apropriados”, segundo a Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa.

Epilepsia
Os Border Collies também podem estar sujeitos a epilepsia, apesar de não ser tão comum. A epilepsia é uma desordem neurológica que causa ataques e que pode ser extremamente perigosa. Apesar dos ataques de epilepsia poderem ser controlados através de medicamentos, nem sempre este é o caso – conhecem-se cães que morreram de ataques incontroláveis. Infelizmente, não existem ainda testes para esta doença. Pergunte ao criador se há história desta doença na sua linha de criação. Um criador com ética ficará mais que satisfeito em discutir este assunto consigo.

Hipertermia Maligna
Esta doença é muito séria, embora pouco usual no Border Collie. Como os Borders são cães muito intensos, os que têm esta doença têm que ter o seu exercício constantemente vigiado. Os sintomas típicos incluem arfar intenso após apenas alguns minutos de exercício (5 a 10). A temperatura dos seus corpos dispara para valores extremamente altos e leva bastante tempo a voltar ao normal, mesmo com tempo frio. Se deixados a correr, podem acabar por ter um colapso. Se a temperatura subir muito, podem acabar por ter ataques epilépticos ou de coração, chegando mesmo a morrer.


Fonte da matéria: www.casadarinia.web.pt

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